Bolhas de Marketing e seu Avatar

Do Escritório de Gustavo Ferreira
Segunda-Feira, 28/05/2018

Ontem acabei vendo uma roda de discussão no Sesc “Que menino preto eu fui”…

E foi bem legal ver vários negros, de várias idades expressando suas angústias, medos, e também falando sobre o futuro e toda uma cultura que eles vivem e estão criando…

Depois ainda ficamos para um jantar com a Doidivana e a escritora Ana Maria Gonçalves falando sobre seu livro “Um defeito de cor”, e mais temáticas sobre racismo, explícito ou velado…

E não consigo ver isso e não pensar em marketing.

E como hoje é nossa…

Segunda Feira de Ação

Vamos unir reflexão cultural com marketing prático.

Você sabia que as pérolas negras não tinham valor nenhum, até que o “criador” pagou para elas aparecerem na capa de uma revista de jóias como mega tops?

E que tomar ÁGUA em garrafa plástica era um luxo nos anos 40? (e que era super caro?)

Até as vuvuzelas (aquele trem que faz um barulho irritante nos jogos), que disseram que era “tradicional” na África, foi levado para lá nos anos 90-2000 pelos ingleses?

E que a escravidão da forma que foi feita aqui no Brasil foi feito um “marketing” na Europa fazendo propaganda de que os negros eram inferiores, para eles aceitaram isso?
(porque os outros processos de escravidão sempre foram por conquistas, guerras, ou dívidas, nunca por cor da pele)

Por que estou falando isso?

Porque você tem duas formas importantes de trabalhar seu marketing e o posicionamento da sua empresa.

O primeiro é simples.

Fale especificamente com o seu público… e com as DORES do seu público.

Por exemplo…

Há vários “níveis de identificação”.

Você pode falar com “brasileiros”… ou com “paulistas”…

Você pode falar com “médicos na cidade de São Paulo”…

Esses são níveis superficiais (onde mora e o que faz).

Mas você pode se conectar…

Com Quem Seu Público É
E juntar isso com um desejo ou uma dor.Por exemplo…

Você pode falar com “mães solteiras de São Paulo que querem uma renda extra”…

Ou com “estudantes negros de São Paulo que estão fazendo faculdade e ainda não conseguiram um emprego”…

Essas comunicações hiper-segmentadas tem um nível de conexão muito mais profundo.

Eu não me importo se você é um jogador de futebol do Rio de Janeiro.

Mas você ser um pai ou mãe que tem dois empregos para sustentar os filhos, agora estamos conversando.

E usar isso na sua comunicação, aumenta em 10 vezes a sua conexão.

Agora…

O nível mais profundo (e também mais difícil), é…

Identificação no Nível Cultural

De forma mais sutil ou mais direta, se você martelar na cabeça de uma pessoa qualquer mensagem, ela vai passar a aceitar.

Não vou me aprofundar nisso hoje, mas vou dar o exemplo da Apple.

Até hoje quem compra um produto Apple, se sente parte de um grupo exclusivo e diferenciado de pessoas.

Porque eles se veem como uma tribo.
(originalmente uma tribo de desajustados, mas a maioria dos millenials de hoje não vão lembrar disso 😉

Da mesma forma, a maioria dos governos totalitários usam o “medo” para justificar seus governos.

Exemplos recentes são os Estados Unidos usando o “exterior” como vilão… a Coréia do Norte e Venezuela usando os Estados Unidos como vilão…

No Brasil também há dois movimentos de “vilões”. Uns atacam o governo atual como “vilão”.

Outros usam a falta de segurança como “vilã”.
(só tem um candidato à presidência falando disso nas pré-campanhas, e mesmo não concordando com quase nada do que ele fala, é possível que ele seja eleito por esse discurso)

Mas esses exemplos servem para mostrar que há uma conexão ainda mais profunda que você pode chegar nas pessoas.

Como você acha que Martin Luther King juntou milhares de pessoas, negros e brancos, a favor do fim do apartheid?
(em uma época sem whats app e Facebook)

Porque ele se conectou da forma mais profunda possível.

Se conectou com a visão de um sonho que unia seres humanos, independentes de cor.

Isso é só para você ter ideias e fazer sua cabeça explodir 🙂

Exercício Para o Dia:

1. Na sua comunicação, veja onde você pode criar uma comunicação específica com quem seu cliente É.

Seja na sua carta de vendas, e-mails, e até posts no Facebook.

Fale diretamente com eles.

2. Veja qual movimento CULTURAL você quer transmitir para seu público.

Pelo que você quer que eles se unam? Por qual causa você quer ser um líder?

À Sua Riqueza e Felicidade!

Gustavo Ferreira

PS: a forma mais simples de testar essas comunicações é por e-mail marketing… e você pode usar isso em todos os canais.

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